Capítulo 2 (04/05) - Esquecendo documentos

Bom dia a todos

Acordamos bem cedo hoje, pois a meta era chegar em Foz do Iguaçu próximo do horário de almoço para curtir com calma uma tarde nas Cataratas do Iguaçu, segundo lugar mais visitado por turistas estrangeiros no Brasil, atrás apenas da cidade do Rio de Janeiro. Saímos de Maringá por volta das 8:30. Pé na estrada pois o caminho era longo. Cerca de 400 km!!!

Ao sairmos de Maringá deparamos com uma forte neblina que perdurou por longos 30 km de nosso caminho, o que nos obrigou a ter atenção redobrada e velocidade reduzida. Esse não é o pior problema das estradas paranaenses. Vou deixar meu manifesto por escrito contra a cobrança de tarifas de pedágio para motos, principalmente em estradas vicinais e em péssimas condições de manutenção como as estradas do norte paranaense.

Para você que quer atravessar o Paraná de moto rumo a Foz do Iguaçu prepare sua carteira, pois vai passar por 9 praças de pedágio e desembolsar a bagatela de R$ 36,20. De carro vai pagar pelo menos o dobro deste valor pra percorrer um asfalto em condições medíocres de conservação. O pior não é isso, pois se fossem estradas decentes não nos importaríamos muito. Para quem esta rodando de moto na estrada equipado, precisa tirar tudo pra pagar a @#$%&* do pedágio. Portanto esta é a sequência de eventos quando eu paro de moto em um pedágio:
1. Paro a moto;
2. Desligo a moto;
3. Tiro a luva;
4. Abro os bolsos pra encontrar os trocados;
5. Pago o pedágio;
6. Pego o troco;
7. Guardo o troco na carteira;
8. Guardo a carteira;
9. Coloco a luva novamente;
10. Ligo a moto;
11. E finalmente saio.

Todo este procedimento citado acima gera filas enormes atrás de nós com motoristas furiosos e impacientes, mas não é comigo que eles tem que reclamar e sim com quem instituiu a cobrança, pois como retaliação a esta cobrança realizo essa sequencia sem a menor pressa, afinal TO PAGAAAAAAAANDOOOOOOOOO!!!

Por volta das 13:30 chegamos em Foz do Iguaçu e fomos logo procurar um local pra guardar as tralhas. Encontramos um hotel bom e barato novamente, localizado na Av. Jorge Shimmelpfeng. É o hotel 3 fronteiras. Além deste existem muitos outros espalhados pela mesma avenida de nome difícil.

Quando o Rodrigo estava preenchendo a ficha de entrada no hotel, ao ser perguntado sobre seu RG me veio um pensamento na mente. E não foi dos melhores. Lembrei naquele exato momento que tinha esquecido meu RG em casa, documento fundamental para entrada e circulação em países como Argentina e Chile. Tinha trazido apenas a CNH. Liguei imediatamente pra casa onde já providenciaram a emissão do meu RG via sedex. Como o documento chega apenas na quarta feira nossa viagem atrasou um dia por causa deste detalhe, pois sem RG não se pode circular pela América do Sul.

Tudo feito pé na estrada rumo às Cataratas do Iguaçu, há 18 km do Centro. Chega-se ao Parque nacional do Iguaçu onde estacionam-se os veículos e pega-se um ônibus. Este ônibus leva a uma trilha panorâmica das Cataratas, que são de beleza impar, porém chegamos na cidade numa época de forte estiagem, e varias partes das Cataratas, principalmente do lado Argentino (tinha que ser) estavam com pouca vazão de água, o que impedia a pratica de rafting pela corredeiras do Rio Iguaçu, esporte que queríamos praticar ali, mas não era possível pelo pouco volume de água. Não chove aqui em Foz há uns 40 dias conforme relato dos moradores da região.

Descrevo em uma palavra a beleza das Cataratas: ÚNICO. Não existe nada igual e vale a pena conferir.

Grande abraço e até a próxima

Rogério/Rodrigo